SUGESTÓES PARA LEITURAS EXTRAS

Primeira memória

 

Quando tudo começou era apenas para ser mais um da comum, acordaria, levantar, banhar, preparar e tomar seu café, enfim a rotina normal de todo sagrado e santo dia.

Algo de estranho já pairava ao levantar logo cedo, o seu costume de despertar já com seu ânimo de estar vivo que lhe foi dado e sempre lembrado parecia estar atrasado, mas, mesmo assim, continuou seu ritual de preparação para mais uma rotina pessoal.

Estava em início das aulas, quando realmente íamos para escola com a intensão de ver os amigos de sala após um longo tempo sem vê-los, os professores eram respeitados e a educação poderia até não ser a melhor do mundo, porém o processo de aprendizagem acontecia de verdade.

Mas por que justamente naquele dia aquele garoto teria que realizar a voz de sua imaginação que tanto lhe fazia ter uma criatividade tão grande, que as vezes saiam ideias na qual todos perguntariam se realmente foi ele quem teve tempo para pensar isso.

Justamente naquele dia era o dia para que isso acontecer com ele, sua bela imaginação estudou e programou tudo, analisou todas as possibilidades que poderiam dar certo, as erradas até previu, mas, fez de conta que não existiam, apenas mentalizou, estudou, planejou, preparou e se organizou para realizar aquela grande loucura que estava prestes a fazer.

Contando toda essa história e nem foi apresentado esse garoto, bem ele seria só mais uma criança como todas as outras, se não fosse sua mente bem criativa, sua paixão por experiências para testar as coisas na qual aprendia e ouvia somente para saber se era verdade ou mentira, poderia não ser o mais inteligente de sua turma, mas, com certeza, tinha tudo para dar trabalho aos mais inteligentes.

Esse pequeno rapaz preferia estar em companhia de outras pessoas mais velhas do que de outras de sua mesma idade, não se sentia bem com brincadeiras comuns de crianças, gostava daquelas onde tinha que pensar, por mais que muitas vezes não se importasse com as regras (as regras eram a pior parte de ser seguidas), ele nunca foi bom com mentiras, mas, por outro lado, sempre foi bom contador de histórias.

Em retomada aos acontecimentos de nossa história desse pequeno cidadão, em seu dia que mais uma vez foi dar vez a sua mente de investigador e de sua inocência, mas porque ele tinha que fazer em vez de ir pesquisar, ou perguntar para alguém mais velho?

Bem, naquela época o acesso à internet não era tão acessível quanto os dias de hoje, para ele apenas adiaria por mais algum tempo a sua curiosidade, perguntar aos mais velhos e mais vividos poderiam até lhe responder, porém ele não veria com seus próprios olhos e não sentiria a emoção e a adrenalina em seu corpo por mais uma experiência na qual serviria para contar futuramente.

Para aquela criatura tudo vinha a seu favor para tirar sua dúvida que carregava a algum tempo, mas, o que naquele dia aconteceu de diferente na rotina para que ocorresse essa história hoje? Bem na verdade começou uma semana antes, quando ele encontrou uma bala (um projetil de uma arma), mas não se preocupe que ele fazia e nem estava envolvido com coisas erradas.

Quando ele encontrou o projetil, já havia bem antes sua curiosidade sobre como acontecia o disparo de uma arma de fogo? Como que a bala explode? Se uma bala pode ser disparada sem necessariamente por uma arma? E se fogo faria essa bala ser disparada?

Não esperem o pior dessa criança, nem de sua família, pois eles eram presentes em sua vida, por mais que algumas vezes não o compreendessem em muitas ocasiões. Mas nesse dia foi mais uma de suas experiências que como sempre fugiam a normalidade dos seus dias. Ele havia se planejado e se organizado para haver uma oportunidade daquelas, não havia como imaginarem que aconteceria toda essa organização.

Mas o que ele fez com essa bala? O que houve com ele? Descobriram? Como foi a experiência dele? Bem, naquele dia ele havia ficado só em casa, e para sua experiência ele só poderia fazer uma vez e teria que dar certo, pois só haveria uma chance, a única forma de eliminar sua dúvida era colocar o projetil no fogo.

Ao colocar o projetil em contato com o fogo, ao fazer isso percebeu que estava de maneira errada, pois mantinha-o apontado para si e segurava em sua mão, nesse momento colocou a bala na pia continuou com o fogo na bala, até aqueles segundos que pareceram uma eternidade para ele.

A bala foi disparada com o fogo, nesses segundos ele sentiu todos os dias de sua vida, toda aquela adrenalina correndo em suas veias, suas dúvidas foram respondidas, ele nunca tinha se sentido tão vivo quanto naquele instante. Não tem nem como não terem descoberto o que ele fez, pois o barulho foi muito alto.

Com ele, além das suas dúvidas, a experiência foi realizada com sucesso, mas algo saiu fora do planejado, um pedaço do projetil ao explodir o acertou em um dedo e no braço, como um aviso de que sua curiosidade pode ser perigosa se não for bem planejada e não comunicada antes a outra pessoa de preferência a um responsável que possa ajudá-lo ou orientá-lo a fazer de forma correta ou pesquisar para fosse observada sem correr risco de vida.

Essa foi apenas mais uma história de muitas que este rapazinho viveu em sua vida, como ele sempre foi bom em tirar suas dúvidas com pesquisas e experiências práticas ele tem várias outras que poderão quem sabem algum dia se tornar um livro de memórias. Se querem saber o que aconteceu com ele aos familiares descobrirem, ficou de castigo por um bom tempo, mas não pense que ele parou por esse motivo.

Sua vida é movida por descobertas e solução de dúvidas pessoais, mesmo que em algum momento essas descobertas lhe custem alguns dias de cama, ou que os resultados não sejam o que esperava.

Alcenir Borges Sousa Júnior

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