De repente
Nesses
últimos dias estive relembrando de acontecimentos passados e
histórias na qual passei, não que tenham sido as piores nem
melhores, ou aquelas que sejam de abrir a boca, mais para mim foram
marcantes para que eu pudesse chegar a ser o que sou hoje. Todas
essas histórias hoje são lembranças e me fazem ver o quanto o
tempo passou.
Uma
dessas histórias foi quando ainda no tempo de criança, primeira vez
que mudei o percurso de voltar para casa que passei por outro caminho
para voltar da escola para casa, no momento ainda pela inocência da
infância encostei na casa de um amigo e junto com outros passamos
muito tempo brincando, não tinha avisado para ninguém, as horas
passaram e todos em casa ficaram preocupados pois já era tarde e eu
não havia chegado em casa, na agonia alarmaram todos que moravam por
perto, com muito tempo depois quando cheguei em casa estavam falando
com a polícia para comunicar meu sumiço.
Outra
vez foi quando comecei a ter minhas primeiras experiências de cuidar
de casa enquanto os mais velhos estavam para o trabalho, mais como
todos sabem um antigo ditado que sempre meu avô me falava: “cabeça
vazia, altar para coisa errada”, pois é, como era de se esperar,
eu era bem curioso e queria saber o que é e como funcionava a
energia elétrica, peguei um grampo de cabelo (um daqueles
metálicos), coloquei em uma tomada. Imaginem como no resultado do
estouro que ocorreu ao colocar o grampo em contato com a tomada, fiz
que disparasse a energia e toda a rua ficar sem energia durante toda
a tarde e para os vizinhos não havia explicação da falta repentina
de energia.
Mais
outra vez com energia, não muito contentado com a primeira
experiência da energia, tive que novamente usar outro grampo de
cabelo mais dessa vez mais elaborado a engenhosidade, coloquei um
cabo no grampo e coloquei na tomada, dessa outra vez tinha uma moça
que estava limpando a casa, ela estava escutando música no aparelho
de som de casa, quando de repente um estou dentro de casa e saindo
fumaça de dentro da tomada do quarto, me vi agoniado com a situação.
Lembro que a moça chorou pensando que tinha acontecido algo comigo,
pois me senti tão emocionado com o estrago que fiz, que na hora
fiquei paralisado imaginando a “taca” que levei, queimei a metade
instalação elétrica de casa.
Meu
avô tinha uma fazenda e criava gado, sempre fui nessa fazenda com
ele, pois tinha muito espaço para correr e brincar quando ele não
estava por perto, no curral que tinha e que sempre eu limpava eu
estava de castigo tinha um espaço que toda vez que íamos dormir na
fazenda a gente usava para armar rede, uma vez fui com meu avô e
armei uma rede e comecei a balançar. Meu avô me falou para não
balançar alto demais se não eu ia cair, nesse dia apenas esperei
que ele fosse olhar as quintas onde os animais ficavam para ver se
precisava de reparo, assim que ele saiu comecei a balançar cada vez
mais alto. Dessa vez me dei mal, cai de cabeça no chão, não lembro
nem como cheguei ao hospital.
Já
aconteceram tantas histórias a mais além dessas que se eu fosse
contar daria um livro, e toda vez quando me lembro delas, vejo que
faz todo sentido em ser feliz com vida em todas as situações que a
vida nos dá todos os dias, pois todos os dias me lembro que ainda
estou e tenho minhas histórias para contar, ainda estou de pé
andando com duas pernas, minhas mãos ainda recebem meus comandos e
que minha cabeça embora tenha levado muitas pancadas e quedas ainda
está bem.
Também
faço dessas lembranças um porto seguro para que eu não me esqueça
de onde vim e para onde vou. Pois sem elas eu estaria perdido e teria
feito nada na vida a não ser perdido tempo. Pois nesta vida acontece
de momentos não somente alegres ou tristes, mais ainda de aventuras,
aprendizado e as vezes ensinamento.
Alcenir
Borges Sousa Júnior
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